E eu n'alma - tenho a calma,
A calma - do jazigo.
Ai! não te amo, não.
Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai! não te amo, não!
Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.
Não te amo.
És belo; e eu não te amo, ó belo.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?
E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau, feitiço azadoEste indigno furor.
Mas oh! não te amo, não.
E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não."
PS: Sem tempo e criatividade pra postar...adoro esse poema, Almeida Garret entendia do assunto.
2 comentários:
Oi!
Seu blog é muito legal.
Descobri atráves do manual do ....
Resolvi consultar quem são as leitoras dele, afinal é muito divertido.
Parabéns!
Gostei muito do poema, muito interessante, uma perspectiva e interpretação bem peculiar dos sentimentos, da concepção de amor, de alma, e de desejo.
Muito legal.
Um grande abraço,
Átila Siqueira.
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