segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

O marketing do Natal


Há alguns anos que o Natal deixou de ser uma data religiosa e tornou-se uma data comercial.
As pessoas já não dão mais tanta importância para a tradição de reunir a família e comemorar o nascimento de Jesus, mas ficam profundamente chateadas se não ganham presente de Natal. Essa data é só mais um motivo para festas regadas a bebida, comida aos montes e trocas de presentes.
Os comerciantes agradecem, pois o aumento das vendas gira em torno de 25% (vinte e cinco por cento). E como eles querem sempre mais, a cada ano, eles fazem mais coisas para chamar a atenção dos consumidores. Enfeitam as lojas, colocam os produtos em promoção, dividem a compra em inúmeras parcelas, ficam abertos até mais tarde e até colocam o bom velhinho na porta para impressionar.
Os supermercados enchem de gente nas vésperas do Natal. Todos gastando horrores para ter uma ceia maravilhosa e farta. Mas, às vezes me pego pensando que sentido isso tem se tantas outras famílias não vão ter uma ceia tão boa assim, ou nem ceia terão. Teria mais sentido comemorar o Natal se as pessoas que tem condições, ajudassem o próximo, para que todos tivessem o que comemorar e com o que comemorar. Tínhamos que ser solidários não só no Natal, mas o ano inteiro, pois como aquela frase feita já diz “Natal é todos os dias, sempre que o homem quiser”.
Jesus ficaria contente em nos ver orando, por Ele, por nós, para as pessoas próximas e até mesmo desconhecidas. E ficaria mais contente ainda se visse as pessoas se relacionando bem, se respeitando, sem brigas, sem ódio no coração e se perdoando. Afinal Jesus nasceu para nos ensinar isso.
Com essa explosão do comercio, as pessoas vão ficando cada vez mais capitalistas e se esquecem do verdadeiro sentido do Natal.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Decifra-me ou devoro-te



O filme é bom
Mas o sofá está desconfortável e solitário
O filme acaba
A música toca no fundo dos sentimentos
Tenho vontade de trocar de coração
Pegar um menos sensível e mais auto-confiante
Nada tem graça sozinha
Prefiro ter alguém, e que seja você
Gosto da sua companhia
Do seu ar auto-suficiente
e até das suas piadas sem graça
Sua risada sincera eu reconstruo na mente até dizer chega
É a mais autentica que já observei
Procuro defeitos, e sei que tens aos montes
Mas talvez eu me acostumasse com eles,
e de repente eles até me completassem
Seus olhos são como o enigma da esfinge de Tebas¹
Implorando para serem decifrados
Não consigo, você ainda nao permite
Seja o jeito indecifravel como me olha
Só quero ficar por perto, seja como for
Te decifrar e deixar que me decifre.


¹"Decifra-me ou devoro-te" - Édipo Rei - Sófocles (Literatura Grega)

A vida é bela


' A vida não é um esanio como no teatro. Só se vive uma vez. Você jamais terá outra oportunidade de viver este momento. Nem todos os seguintes. Então é melhor levar uma vida boa. Ver a vida cor-de-rosa. E para isso não é preciso ter experimentado todas as posições do kama Sutra, nem ter abusado de nenhuma substância. Pelo contrário. As idéias mais simples são as mais fortes. O dieal seria poder colar assas de anjo em nossas costas para voar bem alto. para longe de tudo o que não está bom. Para finalmente ficar nas nuvens. Nadar na felicidade. Durante a vida toda, a vida toda. Posso lhes emprestar minhas asas quando quiserem... mas cuidado com a queda! Porque as primeiras asas que conseguiram me fazer voar de verdade em direção a felicidade foram as que um dia brotaram na minha cabeça. Era sem dúvida tudo o que me restava para fazer: um motorista afobado tinha me quebrado todo. Eu fiquei preso à cama, incapaz de fazer qualquer movimento. Como uma borboleta presa na coleção de um entomologista. Sem me mexer. Com a mente invadida por borboletas negras. Muitos meses depois, nasceu a primeira borboleta cor-de-rosa. Depois outra. Depois mais outra. Logo eram centenas. E minha vida inteira mudou.
Cada um dos 512 itens deste livro começa com uma meia-asa dessas borboletas cor-de-rosa. Cabe a você reconstituir suas próprias borboletas. A seu modo. E deixar o feitiço agir. Deixá-las se colorirem de rosa e se multiplicarem em sua cabeça: dar asas a seu espírito, dar asas as suas borboletas. E será sua vez de sentir as asas brotarem. Não será mais preciso colá-las, você vai decolar por si só, sem esforço. Como num passe de mágicas.'
A vida é bela - Dominique Glocheux
Escrevi a introdução deste livreto, porque minha mente está povoada tanto por borboletas pretas, como cor-de-rosa, amarelas, vermelhas, verdes, azuis. E elas brigam entre si o tempo todo, tentando se organizar ou tentando me confundir mais ainda. As negras diminuem a cada dia. Temos que admitir, as coloridas são mais bonitas, e mais criativas, e são do bem, da alegria, do amor, da paz, da felicidade. Já as negras, não digo que elas são ruins, porque ao modo delas, elas me ensinam certas coisas, de um jeito diferente, rude, mas não creio que tenham intenções más. Elas existem desde que Pandora abriu a caixa, desde que Eva comeu a maçã, só penso que não sejam realmente os 'males do mundo'. As coisas ruins existem, nos fazem sofrer, mas aprendemos no sofirmento. Se estivesse sempre tudo perfeito, jamais cresceríamos, e não iria ter graça alguma se fossemos enternas crianças mimadas. Os sentimentos ruins ou as borboletas pretas trazem equilibrio, ninguém ama todo mundo, é impossível. Na modernidade dos dias de hoje, as borboletas pretas são representadas também como depressão, baixa auto-estima etc. Mas numa reflexão, percebo que é possível que essas coisas sejam substituídas pelas borboletas cor-de-arco-íris! Se Pandora não tivesse aberto a caixa, não teríamos a esperança, que hoje me move na espera de um futuro bom, de ser feliz. ' Ser feliz não é questão de sorte, é uma opção.'

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Nada mais

Posso dormir, e acordar daqui há algum tempo?
No dia em que eu olhar para você e já nao sentir meu coração disparar.
No dia em que você nao significar mais que um amigo, porque o tempo já vai ter se encarregado de mudar nossos destinos.
No dia em que eu olhar para você e conseguir não pensar na possibilidade de sermos "nós".
No dia em que o telefone tocar e eu não torcer para que seja você.
No dia em que eu não mais esperar por você.
Nesse dia, eu vou conseguir ter você como o melhor amigo que alguém já pôde ter, já que foi com essa missão que você entrou na minha vida, de trazer alegria, e colocar cor nos meus dias.
Nesse dia, eu vou pensar em fim de semana e você não mais estará em meus planos.
Cinema, barzinho, praia e show, não mais incluírão você comigo.
Quando eu acordar, eu não vou mais olhar para o lado, apenas te procurando.
Não vou mais pensar apenas em você quando eu olhar para o céu e ver aquela imensidão de estrelas brilhando.
E quando eu ver você dando atenção para outra, não mais vou ficar com uma pontinha de inveja, já que hoje me aterroriza imaginar você com outra pessoa, que talvez não te queira tão bem quanto eu.
Porque eu tenho mania de ser tão pessimista?
Apesar de que, instável do jeito que sou, você bem sabe e me conhece, que na verdade nao quero que estas coisas aconteçam, apenas queria para que a solidão fosse amenizada. No fundo, no fundo, eu trocaria todas esses mecanismos para proteger meu coração, pelo seu amor e sua atenção. E nada mais.

domingo, 2 de dezembro de 2007



Tá, eu sei que eu já postei hoje, mas fiquei com peso na consciência, porque fazia tempo que eu nao postava, e isso aqui é um blog de minha autoria, e eu fico postando Paula Toller e Flobela Espanca. Sou fã das duas. Na verdade nem sei se foi a Paula Toller que compôs essa música. Falando bem a verdade não é peso na consciência nada, não tenho culpa que elas já produziram algo escrito do que eu estou sentindo no momento, em relação a música, Florbela é muito apaixonada pro meu gosto. O fato real é que escrever é a minha vida, escrevo quando estou feliz, quando estou triste escrevo melhor ainda, mas sabe quando tem mil palavras pulsando dentro do seu peito? Loucas pra sairem embaralhadas e se organizarem nos meus dedos? Pois então, mas aí você lembra que faz faculdade de Letras, e que lá eles te dão mil e uma técnicas de escrita, de conto, de crônica, e de argumentação. Pirei na argumentação, e regidi uma porcaria de um texto. Não sei ficar ligada a técnicas disso ou daquilo, preciso aprender a conciliar técnica e inspiração. Eu achava que escrever bem vinha de técnica, treino, leitura. Mas nunca pensei que eu fosse pirar o cabeção e travar na hora de usá-las. Portanto técnicas a parte, deixemos elas para as aulas da Anna Rita, e aqui vou esquecer que elas existem, afinal, acho que esse blog ainda me pertence e eu posso falar do que eu bem entender nele aqui. E se nao puder, falo do mesmo jeito.

Eu mudei há uns quatro meses de cidade, vou explicar: Sou do interior de São Paulo, nasci e morei até meus 14 anos e meio em Presidente Prudente. Então, meus pais com seus respectivos espiritos aventureiros resolveram mudar para o Mato Grosso, mas isso é capitulo pra outro post. Trocando em miúdos, estou morando em Santos, no litoral de São Paulo agora. Mas quando eu resolvi mudar, tinha esquecido que mudança tem risco, causa dor, sofrimento, choro e a famosa fase de adaptação. Tenho vontade de chorar e gritar "eu quero a minha manhêêêêê...". A cidade é linda, uma energia super do bem, praia a três quadras de casa, perto da capital, mas nas últimas semanas eu andei pensando em arrumar as malinhas e voltar para o Mato Grosso. Dó pagar o preço de se adaptar, de passar essa fase sem os amigos, sem ter um ombro pra te ouvir, um abraço quando precisar. Dói, é triste. Covarde que sou, primeira coisa é pensar em voltar. Mas sabe de uma coisa, dessa vez eu vou optar ser feliz, não importa se será aqui, ou lá. Alias acho que vou estabelecer residencia aqui e parar com essa vida de nômade. Nao importa o lugar, eu preciso estar bem comigo mesma. Eu preciso decidir ser feliz, e nao uma maniaca depressiva, que nao tem auto-estima e fica achando q tem sindrome do pânico, até sintomas fisicos eu já estava inventando.

Reclamar que não tenho amigos porque sou "muito fechada" é a maior bobagem que pude inventar nos ultimos tempos. Já que eu nao estou contente com a situação, sei o motivo, o que preciso fazer é olhar no espelho, me encarar de frente e mudar a situação. Como disse, dessa vez eu DECIDI ser feliz. Comecei a me achegar mais as pessoas, e como diz 'The secret', quando você quer muito alguma coisa o universo conspira a seu favor. Ao primeiro sinalzinho de uma brecha na minha janela, eu tímida, tentado abrir, pude conhecer pessoas legais e normais, que há tanto eu esperava conhecer. Na faculdade que eu achei ter muitos babacas, me surpreendi com pessoas queridas, com histórias de vida que me dão socos na cara, tapas seria pouco, e eu reclamando da vida, jamais farei isso novamente. Na internet que eu julgava só ter homens retardados querendo sexo, pude encontrar uma pessoa 'diferente', que se tornou um amigão, me chama até pra tomar cerveja, e eu que quase nao bebo, aceitei, e foi uma das noites mais divertidas dos ultimos tempos, conheci os amigos dele, e ele já conhecia a Cris, minha amiga-ex-cunhada que me acompanha por ai, e eu não acredito até agora que fiquei exatamente UMA hora argumentando o meu sentido e ponto de vista de 'diferente', foi demais, eu estava sentindo falta de pessoas pra conversar bobagens inteligentes. E outro mais querido ainda, que me 'ouve', me chama de docinho de leite e gente, daremos um troféu a ele, há uns dois meses que ele aguenta minhas crises depressivas, choros e tristezas, mas agora por mais que os problemas continuem, porque eles sempre estarão por perto pra nos atormentar, eu vou tentar manter o sorriso estampado no rosto, pensar rosa, e contar coisas boas. Até que nao foi ão dificil, agora com a janela aberta, posso abrir a porta, e devagar tudo está voltando a ter cor, e música, e letras. Não quero mais ter medo das pessoas, nem de mim, nem ficar presa em mim mesma. Porque agora eu sei da realidade que eu posso me libertar de tudo o que me faz mal e isso não é vergonha nenhuma. Vergonha, essa eu joguei fora, só tenho aquela que mantem a compostura, mas aquela que me fazia mau e que me impedia de viver, essa foi pro saco. Agora serei feliz pra sempre, e adoraria que as pessoas ao meu redor viessem comigo nessa aventura linda que é a vida.

Lágrimas e chuva

"Eu perco o sono e choro
Sei que quase desespero
Mas não sei porque
A noite é muito longa
Eu sou capaz de certas coisas
Que eu não quis fazer
Será que ALGUMA COISA nisso tudo faz SENTIDO?
A VIDA é sempre um RISCO
Eu tenho MEDO do perigo
Lágrimas e chuva molham o vidro da janela
Mas ninguém ME vê
O mundo é muito injusto
Eu dou plantão dos meus problemas
Que eu quero esquecer
Será que existe ALGUÉM
Ou ALGUM MOTIVO importante
Que justifique a vida
Ou pelo menos esse instante
Eu vou contando as horas
E fico ouvindo passos
Quem sabe o FIM da história
De mil e uma noites de suspense no meu quarto"
Lágrimas e chuva - Kid Abelha

PS: nada a declarar, de férias, lendo muito e com crise criativa. É muita técnica na minha mente, preciso de tempo pra assimilar. Volto em breve.

domingo, 18 de novembro de 2007

Florbela Espanca



''Escreve-me!


Ainda que seja só uma palavra,


Uma palavra apenas,


Suave como o teu nome e casta


Como um perfume casto d'açucenas!


Escreve-me!


Há tanto, há tanto tempo


Que te não vejo, amor!


Meu coração morreu, já!


E no mundo aos pobres mortos


Ninguém nega uma frase d'oração!


''Amo-te!''Cinco letras pequeninas,


Folhas leves e tenras de boninas,


Um poema d'amor e felicidade!


Não queres mandar-me esta palavra apenas?


Olha, manda então... brandas... serenas...


Cinco pétalas roxas de saudade...''


Florbela Espanca


terça-feira, 13 de novembro de 2007

Poema - desconhecido

"Talvez estejamos pensando nas mesmas coisas agora
ou apenas estamos fazendo coisas simples mas que
nos dão induvidável prazer
Se isso acontece é porque estamos felizes,
contentes e sorridentes e isso é viver intensamente
Viver querendo aproveitar cada segundo e
esvaziar a mente ao dar-se conta de si
descobrir que sua imaginação é
povoada por alguém que surgiu
especialmente e que de tamanha sutileza
fez-se em tão pouco tempo adorável e
inesquecível nessa vida..."
Eu não sei o autor deste poema, o que sei é que ele está copiado a mão num caderno antigo. Copiei porque foi uma pessoa especial que me enviou por e-mail, quando ainda se enviavam e-mails, e nao apenas spams. Era um cara que eu conhecia da net, na época eu tinha 15 anos e morava no Mato Grosso, ele devia ter uns 22 e morava em Campinas, as conversas eram por icq, telefone, sms...Mas como ele era "muito" mais velho, e minha mãe me transbordou a paciência, cortei relações com ele. Conheci-o através de uma amiga virtual, a Carol, éramos amigas de verdade, sintonia que só vendo. Depois com a ascensao do msn acabou-se o icq e acabou-se essas amizades, nós seguimos nossos rumos. Mas hoje, ao avistar no orkut uma comunidade sobre icq lembrei de cara dessas duas pessoas que passaram pela minha vida, deixaram marcas, mas foram embora. Nao lembro de seus rostos, pois tinha visto apenas uma foto de cada um, ela era linda, morena, e na foto estava de vestido azul. Ele também era lindo, mas nao lembro nada sobre a fisionomia dele. O que sei é que ele se chamava Rodrigo, e na época fazia engenharia na Puc-Campinas, e ela era de Itu, mas se nao me engano estava fazendo faculdade em Campinas também, mas nao sei e-mail, nem sobrenome, como encontrá-los? Boa pergunta, passei horas no orkut e no google testando as mais variadas combinações e nada, tive a idéia de entrar no icq e pegar o endereco de e-mail, sei lá, mas eu fiz o favor de decorar o numero 124216662, mas nao lembro a senha! Também testei as mais variadas combinações possiveis com meu nome, e nome da familia toda, data de aniversario, tudo, e a senha nao bate, incrivel.
Esse meu "casinho virtual" com o Rodrigo foi lindo, no icq o meu nome aparecia trocado Regina Yara, ao inves de Yara Regina, e ele me chamava de "Rê" o tempo todo, até eu conseguir explicar que Regina era meu segundo nome, o apelido já tinha pegado. Na minha imaginação eu fazia altos planos de ir morar em Campinas, ou quem sabe apenas passear, mas ver ele, ver a Carol. E eu nao lembro quando parei de me comunicar com ele, e nem com ela. Saudades mil. Mas como encontra-los? Nao sei, quem sabe a vida coloca-nos um no caminho do outro novamente. A Carol era minha "maninha", devido a tamanha afinidade. Me sinto presa e inutil. Quanto ao poema, desde a primeira vez que copiei ele a mao no caderno eu sabia que um dia eu leria e lembraria dele, pois realmente ele tornou-se inesquecivel, e é verdade, anos mais tarde estou aqui, lendo, e pensando que talvez nesse mesmo momento ele esteja lembrando de mim, como no poema.
Queria poder dizer essas coisas a ele. Sei que foi um encontro de alma. Mas um dia nos cruzaremos com certeza. Nao sei mais nada sobre eles, nem sobrenome, nem idade, nem nada, mas são pessoas que com certeza, ficarão para sempre.

sábado, 10 de novembro de 2007

Mulheres Modernas

Estive lendo o livro Triste Fim de Plocarpo Quaresma, de Lima Barreto há um tempo e, bem no início, o autor enfatiza como as crianças eram educadas no começo do século XX. As garotas, desde pequenas, eram educadas para o casamento. Tudo o que faziam ou aprendiam era para ser utilizado no casamento, como cuidar da casa, cozinhar, tricotar, bordar etc. "[...] A instrução, as satisfações íntimas, a alegria, tudo isto era inútil, a vida se resumia numa coisa: casar.[...]".
Este trecho do livro chamou-me a atenção para o quanto a mentalidade e a educação das crianças mudaram ao longo do século. Atualmente, as mulheres não sao projetadas para o casamento, elas têm liberdade e igualdade sexual, objetivos pessoais, demonstram seus sentimentos e não passam mais a vida à espera deste compromisso como antigamente, mas preocupadas com o futuro profissional, por exemplo, com o sucesso e o reconhecimento que almejam ter, e com a independência sexual.
É normal se perguntar a uma garota de ou 17 anos a opinião sobre casamento e ouvir um sonoro "Deus me livre". Porém há outro grupo que até pensam em casar-se, mas somente depois de ter se graduado na universidade, que é para nao depender de marido.
Há ainda o grupo das que não pensam em casamento, mas querem ter filhos, já ouviram falar em "produção independente"? Meu Deus, aonde este mundo irá parar... Imaginem a confusão na cabeça dessa criança, não tendo um modelo de família com pai e mãe para crescer e apoiar-se. É a ascensão da mulher moderna. Esta geração de mulher auto-confiante que tem conseguido superar os obstáculos e ganhar espaço na sociedade machista. Obtendo a igualdade tão sonhada e já não dão mais a mesma atenção que nossas avós davam aos homens, despertando certa indignação deles.
É por conta dessa independência total, elas já não estão se envolvendo tanto em relacionamentos sérios, querendo mais é "curtir a vida", quando não percebem que estão desvalorizando-se ao "caçar", tomando atitudes que em outras épocas os homens tomariam. Isso é péssimo, a imagem da mulher do século XXI deveria ser outra.
Trocando em miúdoos, a mulher moderna é aquela que sabe bem o que quer, é segura por natureza, embora algumas vezes, tenha crises de carência. É aquela que faz charme, que trabalha, estuda e ainda tem pique pra balada do fim de semana. Que aceita as diferenças de raça, sexo, orientação sexual, partido político, religião, cor preferida etc. É não acreditar em príncipe encantado, nem em "eu te amo´s", mas, sim, que alguém possa se identificar e ter uma relação com ela. É ser livre de preconceitos, de idéias ultrapassadas. É lutar pelo que quer, acreditando com garra, seja pelas crianças abandonadas, seja para fazer tratamentos de beleza dolorosos e malucos.
Definitivamente, não sou tão moderna assim.

PS: Artigo feito quando eu era colunista do site, nao lembro se era o Zapeando ou o Akitemagito, mas na prova que eu tive semana passada na facul eu adaptei para crônica.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Abraços e desabafos


Sabe quanto você olha pra sua vida, e parece que ela é um filme? Sim, e você é apenas mais um figurante sem graça e sem importância? Eu sei, é assim que vejo minha existência, sem graça, como seu a vida passasse por mim, e não eu por ela. O que eu fiz da minha adolescência? Nada, nunca fui uma garota normal. Nunca tive muitos amigos e nem namorado. Sempre fui somente a melhor amiga, e está ótimo pra quem nao consegue se relacionar afetivamente com alguem (do sexo oposto lógico) por mais de duas semanas. Porém os homens sempre foram meus melhores amigos.
Tenho medo do futuro, medo de mim mesma e da minha insegurança, medo de continuar perdida como estou. Vontade de chorar e gritar como uma criança: "Eu quero a minha mãnhêêêêê..". Queria voltar a ter 10 anose nao me preocupar com contas, com faculdade, com emprego, com resolver problemas de familia, ah vai se ferrar nao tenho nem 20 anos e daqui a pouco já estarei com cabelos brancos de preocupação. Me preocupo demais, passo mais tempo me preocupando e descabelando do que agindo. Medo. Medo. Medo. Porque consigo escrever se nao consigo falar e nem agir, e mto menos viver?
Cansei de televisao, cansei de internet, cansei de me sentir inutil e incompetente, eu só queria pode pegar o controle remoto da minha vida e mudar de canal, de estação...mudar radicalmente tudo. Já mudei a cidade, mas foi mais uma das minhas "cagadas". Mas uma hora as coisas se ajeitam, ahh se ajeitam.
Queria tanto poder viver o "don´t worry, be happy.", and really be happy!
Trecho do menestrel de Shakspeare, que eu sou fã...
"Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."


PS: E vai se ferrar você que só quer julgar sem saber da verdade, to cheia do falso moralismo, to cheia de abaixar a cabeça pra alguem q eu nao admiro nada as atitudes, e ainda se acha no direito de julgar. Foda-se MODE ON. (Visitantes amados deste blog, isto não é para voces, sorry.) É, como o texto todo, um desabafo, mas sem abraço. ;o**

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Razões sólidas

Vou e sinto,
o frio na barriga,
o calor, a cantiga,
solidão é o instinto
minto
Pela saudade
por uma vontade
Do desejo
de um beijo
que eu jamais experimentei
E eu pergunto ó céus
Por alguém,por quem?
Nao importa
se nao há ninguém
na escuridão ou no breu
Volto por mim mesma...

domingo, 28 de outubro de 2007

"Divagação segundo Yara"

"Eu caíra na tentação de ver, na tentação de saber e de sentir. Minha grandeza, à procura da grandeza do Deus, levara-me à grandeza do inferno. Eu nao conseguia estender a Sua organização senao através do espasmo de uma exultação demoniaca. A curiosidade me expulsara do aconchego - e eu encontrava o Deus indiferente que é todo bom porque nao é ruim nem bom, eu estava no seio de uma materia que é a explosao indiferente de si mesma. A vida estava tendo força de uma indiferença titânica. Uma titânica que está interessada em caminhar. E eu, quisera caminhar com ela, ficara enganchada pelo prazer que me tornava apenas infernal.


A tentação do prazer. A tentação é comer direto na fonta. A tentação é comer direto na lei. E o castigo é não querer mais parar de comer, e comer-se a si proprio que sou materia igualmente comivel. E eu procurava a danação como uma alegria. Eu procurava o mais orgíaco de mim mesma. Eu nunca mais repousaria: eu havia roubado o cavalo de caçada de um rei da alegria. Eu era agora pior do que eu mesma!" Clarice Lispector - A paixao segundo G.H.


Trecho do livro de Clarice Lispector em que ela divaga numa reflexao sobre Deus e humanos. Lindissimo, eu sou supeita, porque a cada dia me encanto mais com as obras dela. E eu to me sentindo desta forma, perdida, como G.H. ficou diante da barata. Preciso me assentar, organizar minha vida e meus sentimentos.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Cheiro de Flor



Cheiro de Flor - Mauricio Rayel (Musica e Letra)


"Eu quero viver como se fosse tudo lua de mel
Juro que eu chego no céu
E poder curtir os ondulados destes teus caracóis
Um campo de girassóis
Se eu te der todas as flores
que eu consiga colher
Que tal, voce vai querer
E se eu quiser fazer uma canção que fale de amor
voce me ajuda a compor
E então, o teu cheiro de flor, teu jeito, teu calor,
Bem que eu tentei mas eu nao pude resistir
Ao teu cheiro de flor, teu jeito teu calor,
Bem que eu tentei mas eu nao pude resistir
Se eu comprasse uma asa delta pra gente voar
Voce iria aceitar
Ou um ocenao muito limpo, muito lindo de ver
Juro que eu levo você
E entre nuvens caminhando entre flocos de algodão
Eu seguro a tua mão
E entre telas, tintas e pinceis, faço para voce
um quadro lindo de ver
E então, o teu cheiro de flor, teu jeito, teu calor,
Bem que eu tentei mas eu nao pude resistir
Ao teu cheiro de flor, teu jeito teu calor,
Bem que eu tentei mas eu nao pude resistir..."




Ontem eu conehci um cara aqui na net, muito legal, o Mauricio, conversa vai, conversa bem ele me diz que toca e compoe e me manda esta obra prima. Quando ouvi a música, constatei que ele tem mesmo o dom, é um poeta. Fala sério, sabe aquela musica suave que entra nos ouvidos e vc ouve 50 mil vezes sem enjoar? È minha gente, deem valor a este homem, ele vai estourar nas paradas de sucesso, e eu vou ficar toda toda porque ele que mando a musica pra mim em mp3, muit antes de lançar. E pra completa ele é lindo, simpatico e modesto... Ah se ele fosse mais novo rsrs. Se alguem quiser ouvir a música, me avisem que eu passo o msn dele. ;D






domingo, 21 de outubro de 2007

Conhecendo Fernanda Young



Meu primeiro contato com Fernanda Young foi ao ler sua coluna na revista Cláudia no começo deste ano. Não preciso dizer que amei o jeito despojado que ela escreve, sua personalidade forte, e como li numa entrevista da revista Claudia, ela é simplesmente delirantemente criativa. Quando eu crescer, quero ser igual ela.
Meu segundo contato foi ao saber que ela viria para Santos dar uma palestra na Fenalba, uma feira literária que acontece todo ano aqui. Corri pesquisar mais sobre ela, descobri que ela é roteirista da Globo, e tem um programa na GNT, que eu acho o máximo a propaganda. No dia da feira, eu nao consegui assistir a palestra dela, mas consegui tirar foto, ela estava autografando os livros e tomando uma "Brahma", linda com suas tatuagens e o piercing na gengiva. Ela é muito branca, como vocêspodem comprovar na foto, mas é linda de morrer, e super simpatica.
Imaginem vocês que ela é escritora de varios livros, e o ultimo que ela lançou é de poesias de amor, quero ler em breve, deve ser uma obra densa e simplesmente emocionante. Ela escreve com a alma, com os sentimentos, ela vive o que escreve...
Nas pesquisas que fiz sobre ela, vi que ela desperta amor ou ódio nas pessoas, mas creio eu que o ódio é apenas inveja, porque ela é o que ela é e ainda é famosa, reconhecida, e quem a critica nao é nada, como ela retrata na carta a pessoas vitimas de inveja. Em mim, a Fernanda despertou a admiração, eu simplesmente me tornei fã do modo que ela encara a vida, mesmo sendo desbocada, atrevida, ironica, critica, psicotica, neurotica, obssessiva e compulsiva. Me identifiquei muito com ela e com o trabalho dela, nao por eu querer ser igual a ela, mas por pensar igual, e me sabotar, tentando maquiar a verdade, maquiar o que eu penso, dar uma de certinha quando na realidade tenho vontade de mandar tudo pra puta que pariu.
Nao estou revoltada, só sinto uma inveja boa dela, que consegue ser sincera e nao ter vergonha de ser o que é. Eu ainda vou conseguir dizer o que penso e acho de tudo e todos, sem pensar no que vao pensar de mim, ainda vou conseguir ser o que realmente sou. Nao que eu seja falsa, mas falta-me coragem de usar mais minha liberdade de expressao. No fundo eu nao sou equilibrada como todos veem, nao sou tao meiga e tao certinha. Quero ter coragem de gritar quando desejar, fazer o que der na telha sem preocupar-me com os olhares tortos. Também tenho meus momentos de depressao, de neurotica, de compulsiva, de indignacao, a diferença é que deixo dentro de mim, corroendo, doendo, me matando sufocada, ao invés de colocar pra fora, como faz ela. Poucos sabem como sou na intimidade, nao sou louca, mas também tenho meus momentos de crise e devaneios, até porque "de perto ninguém é normal".
"Ser autêntico é não ter que provar nada para ninguém." Fernanda Young
PS: Na foto, minha prima Priscila, Fernanda (belissima) e eu (radiante)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Pela primeira vez a ultima chance

- Quando você virá ao Rio? – Disse Diego com caracteres carregados de emoção.
- Não sei, pode demorar, ainda preciso arrumar um trabalho, ganhar dinheiro, e enfim ir ao Rio te visitar. – Respondeu Bianca com vontade de sair correndo na mesma hora.
- Quando você vier, vou poder te dar um beijo na boca? – Brincou ele.
- Vai, paixão... – Concordou ela.
- Vem para cá no verão então.
- Combinado, após o reveillon, eu faço as malas com destino à cidade maravilhosa. Você estará me esperando?
- Claro, sua boba, é só me ligar que te buscarei onde você estiver.
Bianca já sabia como seria o fim desta relação: iriam passar um final de semana esplendoroso, depois o desejo teria que ser apagado por morarem em cidades diferentes, já que ela não tem a mínima dedicação para manter um relacionamento a distância, passaria então a ignorá-lo, afirmando friamente que a culpa do fim era dele, fazendo-se de vitima como só ela consegue. Mas não poderia deixar de viver esta aventura, nem que fosse para contar para as amigas. Bobagem, ela sabia que apaixonar-se-ia, alias, que já estava apaixonada.
Diego era um rapaz de classe média na terra da garota de Ipanema, trabalhava com seu pai, no auge de seus vinte e dois anos; era lindo, moreno, magro, com traços marcantes, tinha olhos cor de chocolate e dono de uma boca enlouquecedora e um sorriso encantador; usava calças e camisetas largas, estilo hip-hop, mas que traziam um toque de originalidade à sua personalidade forte e delicada, fazendo-o ser um homem maduro e um garoto inocente ao mesmo tempo. Ela tinha o perfume dele gravado na memória, como não havia gravado nada antes, era uma fragrância com notas florais e sândalo que expressavam masculinidade e polidez; era alegre, querido, tinha um papo envolvente, tanto que na primeira vez que se viram já aconteceu uma atração mutua e sintonia total. Esta vinda dela par ao Rio era a chance que tinham de viver o desejo que estava guardado há meses, pois o primeiro encontro fora rápido e significativo no aeroporto de Congonhas, em que trocaram olhares, telefones e “e-mails”.
Bianca era uma mulher decidida, morava no litoral de São Paulo e cursava a universidade contando vinte primaveras. Era linda, atraente e chamava a atenção por onde passava. Fina, doce e meiga como um cristal. Não era loira, nem morena, o tom de suas madeixas era castanho-claro-natural, na altura dos ombros, que davam ar de liberdade à sua face jovial, este ousadia que ela tinha grafado em seu pé direito numa tatuagem de borboletas coloridas de vários tamanhos, traduzindo a forma como ela enxergava a vida, anseio por liberdade que logo seria perdida nos braços de alguém. Seus olhos eram cor de mel, sua pele era clara e macia como uma pétala de rosa branca, o nariz e a boca eram delicados e harmoniosos com o rosto. Possuía um corpo esguio, com curvas acentuadas, usava roupas justas que acentuavam sua silhueta tipicamente brasileira. Ele carregava consigo o olhar dela, olhar profundo, poético, e tão envolvente que ele conseguia fechar os olhos e sentir a presença de sua musa.
A distância era curta, ela iria de ônibus porque compensava financeiramente. A semana que antecedera o passeio, Bianca não fizera outra coisa a não ser planejar cada detalhe e arrumar a bagagem. E após examinar tudo mil vezes, embarcou na peripécia que valeria a pena pelo resto da vida.
Ele estava a espera dela com o coração pulsando na boca, da ligação para buscá-la quando chegasse, a ansiedade já o tinha ao invés do contrário. Além de já ter fumado uma carteira toda de cigarro, logo ele, que fumava tão pouco. As horas corriam, mas a impressão era de que o relógio estivesse parado. Dentro da condução, ela também estava ansiosa e inquieta, mas o conforto é que a cada quilômetro ela estava mais perto do encontro com Diego. Mas conforme os minutos iam passando, ela ia sendo tomada por uma preocupação fora do normal. “Mas será possível? Agora que estou na metade do caminho não posso amarelar”, refletia Bianca. Porém não era apenas isso, ela não imaginava o que estava por acontecer. Pensamentos passeavam enquanto um filme de sua vida passava em sua mente, neste momento, pensou em sua família, em seus amigos, em tudo o que fez e deixou de fazer, em sua faculdade, em seus sonhos não realizados, e por fim pensou em Diego, vivenciou cada minuto que gastou com ele, desde a primeira vez até as conversas por telefone e internet. Teve uma imensa saudade de tudo, de todos, de Diego. Ele também foi tomado pela mesma sensação preocupante, contudo ele não entendia o motivo desta agonia.
Ouviu-se barulhos e gritos, um deles era de Bianca, o ônibus que ela embarcara descontrolou-se e sofreu um acidente, caindo serra a baixo, foi perto do limite de município do Rio de Janeiro. Curiosos paravam para ver o que tinha ocorrido, acionaram a Policia e os Bombeiros, que no resgate constataram muitas mortes, uma vez que o capotamento tinha sido destruidor. Levaram os mortos para o I.M.L. e os feridos para a Santa Casa de Misericórdia da cidade que já não era tão maravilhosa assim.
Enquanto isso Diego divagava em seus pensamentos, imaginando que Bianca desistira da viagem, desistira dele. Criando falsas afirmações a respeito da situação. Discorreu sobre a importância que ela tinha, e o quanto estava feliz porque iria tê-la junto de si, mas a agonia tomava conta de seus sentimentos, já que ela não atendia o celular, e deveria ter chegado há duas horas. Ele andava de um lado para o outro da sala clara, composta por artigos de antiguidade, ela iria adorar este cômodo aconchegante que mais parecia dela do que dele. A angustia só tendia a aumentar, e não a acabar. Ligou a televisão para distrair quando se deparou com a noticia do acidente que Bianca acabara de sofrer, e a pior das constatações, ela estava dentre as pessoas que faleceram.
A angustia deu lugar ao desespero, ele não sabia o que pensar, nem como agir, não conseguia acreditar que isto estava ocorrendo com os dois. Ela era seu amor maior, o desejo guardado, a paixão não vivida. Não conseguindo pensar em mais nada, seguiu para o I.M.L. Ao chegar e identificar-se, deram-lhe um pacote com seu nome que estava no colo de Bianca. Após ver a amada pela segunda e ultima vez, despediu-se com um “até breve” e voltou para casa. Sentado na sala que seria dela, abriu o presente: era o mp3 de Bianca, com todas as musicas de rock nacional que ela gostava, que agora eram só suas e de mais ninguém, e uma foto, uma montagem que ela fizera dos dois, ela estava linda, sorridente, cabelos ao vento, tal como a liberdade que ela sempre lutou, e ele estava pensativo, debruçado na janela, todavia pareciam estar no mesmo ambiente; e uma dedicatória no verso: “Não importa o que aconteça, te amarei para sempre”.
No fundo, ela sempre pressentiu o que aconteceria.
PS: Personagem ficticio baseado no meu amigo carioca Diego, e a outra é uma personagem criada mesmo. O conto é todo ficticio.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

"Eu não consigo mais me concentrar, eu vou tentar alguma coisa para melhorar..." Leve Desespero - Capital inicial

Quando você faz algo e que arrepende-se, ou quando enjoa de alguma situação, ou de alguém, não é possível simplesmente virar a página do livro e continuar a leitura normalmente. Não é simples o bastante que trocar a cor do cabelo, mudar de e-mail, de "msn", criar um novo perfil no "orkut", mudar de casa, de cidade, de turma,vá mudar o que passou. Você nao é mais a mesma, algo mudou dentro de ti, para melhor ou pior, nao importa, o que importa é que não dá para voltar atrás e consertar o passado, o máximo que dá para fazer é perdoar-se pelos erros cometidos.

Talvez você não seja boa o bastante para querer que aconteçam coisas boas contigo, ou talvez você tenha magoado muito alguém, e como tudo que vai, volta, está pagando um certo preço. Nao que seja um preço alto, mas somente pelo fato de você ser fria, e nao se entregar em uma relação. Mas eu me compadeço de ti, se entregar como, se você só tem escolhido pessoas sem caráter, e que estão brincando com seus sentimentos? Talvez seja este o seu pensamento, mas nao enxerga que quem está brincando com a vida é você, que começou a brincar primeiro. Não é porque as coisas nao saíram como planejou que nao estejam em harmonia com o universo. A vida é um eterno perde e ganha, mas nao se desespere.


Está bem, entendo que você só queria ser feliz como qualquer pessoa da sua idade, conhecer pessoas legais e de caráter principalmente, viver uma grande paixao, um romance de arrancar suspiros, mas você precisa desencanar e olhar para as oportunidades que aparecem, tirar o fone de ouvido, e levantar os olhos dos livros para que você perceba a vida, e seja percebida por ela. "Quando você quer realmente alguma coisa, o universo conspira a seu favor, mas quem nao sabe para aonde vai, o vento sopra para qualquer lugar." Acorda. É isto que está faltando em ti. Olhar ao redor e ler nas entrelinhas. Quem sou eu para te falar essas coisas sem me preocupar se você vai gostar ou não? Saberás em breve, e saberás também que tenho todo o direito em te dizer estas acusações.


Por mais que nao goste, é o que precisa fazer. Vamos, acorda, está ficando tarde. Nao quero precisar gritar, o sol já está no alto, temos muito tempo, mas é preciso aproveitar cada segundo. Tenho medo de que seja tarde. Nao posso deixar que vc passe pela vida simplesmente, sem vivê-la intensamente. Nao posso.


O que? Acha que nao é capaz de fazer certas coisas e atingir certos objetivos. Pois fique sabendo que você é capacitadíssima, nao é atoa que estudou a vida inteira essa lingua estrangeira, e agora vem dizer-me que nao sabe falar? Só se o gato tiver comido sua língua. Ah, vai passar pela faculdade despercebida, feito o homem invisível? Impossível, o destino te chamou para você ser destaque em tudo o que faz, ser melhor naquilo que se dispõe, e eu sei que você sabe e muito dentro da sua área. Eu entendo que há um leque de opções e coisas que você necessita saber, mas garanto-te que nas horas certas, você estará com a carga de conhecimento exata para a tarefa a ser desenvolvida. Nao se preocupe com o mestrado, detenha-se a graduação, e faça-a bem feita, depois as coisas acontecerão naturalmente. Nao se desespere, se nao tiver lido todos os livros que precisa, se nao tiver feito todos os trabalhos pendentes, se tiver que fazer mais um semestre, lembre-se que tem todo o tempo do mundo em suas mãos.

Calma, eu nao esqueci de falar em liberdade, sei mais do que ninguém o quanto quer ser livre, mais que borboletas num casulo. Você é livre, de tudo e todos, mas nao de você mesma, e é esta a liberdade que você precisa aprender a administrar. A liberdade de si mesma, a liberdade de tempo, o livre-arbitrio. Nao se cobre demais, nao se julgue demais, liberte-se da angustia, despoje-se das coisas ruins e principalmente liberte-se de si mesma. Lembre-se que a única pessoa que pode te prender é você mesma, assim como é a unica que pode decretar o seu fracasso ou o seu sucesso.

Querida, entregue-se a vida, e ela se entregará a você, viva o hoje deixe que o amanhã baste-se por ele, o futuro é o amanhã do presente, portanto viva o presente, gaste mais tempo realizando do que planejando, se não, viverá a vida toda planejando sem sobrar tempo para realizar, e aí sim que nao dará mais tempo, de nada. Depois nao diga que eu nao avisei. E tenho dito.




Saudações do seu "Eu" interior que você teima em nao ouvir, em nao compreender e que vive numa luta eterna para que haja o equilibrio.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Sobre a Yara

Adulta e madura, pensando pelo lado de ter responsabilidade, tomar decisões sérias e ser uma parte do esteio da família. Sou sempre a mais “certinha” da turma, e melhor amiga e conselheira. Desde pequena pensei no futuro e nas conseqüências de minhas escolhas, tanto é que com 17 anos e recém-formada no ensino médio, passei em terceiro lugar no vestibular de Letras na estadual do Mato Grosso. Que orgulho! Mas porque Letras, se meu verdadeiro sonho é Jornalismo? Vou explicar: pelo fato de eu ser realista e confiante no futuro. Como na cidade que eu morava jornalismo só tinha particular e não era reconhecido pelo MEC ainda e eu havia passado na estadual, não poderia perder a chance, afinal de contas estaria formada com 21/22 anos, quer coisa melhor? E foi como acertar na loteria, sem teste vocacional, acertei o curso dos meus sonhos. Sim, apaixonei-me mais do que já era, pelo mundo da literatura e da educação. Ainda não desisti de jornalismo, mas descobri que as duas carreiras são tão próximas que possuem varias linhas teóricas que as unem, só preciso descobrir quais são. Hoje em dia não tem como falar de mim se não citar essas duas paixões: linguagem e informação (escrever, ler, estudar, produzir, ensinar), que fazem parte do meu “eu”. Essas duas paixões já decidiram o meu destino: terminar a faculdade, fazer mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada, fazer mestrado ou faculdade de jornalismo e unir as duas carreiras, não abro mão do jornalismo e nem da literatura e lecionar.
Precoce em algumas coisas, como no caso da faculdade, e nem tão precoce e madura como no campo dos relacionamentos. Sou um desastre no amor. Não sei paquerar, nem conquistar e nem namorar. Como é estar no papel da namorada? Não sei absolutamente nada da “etiqueta” do amor. Isso nunca me incomodou porque as coisas tem que acontecer naturalmente, mas hoje em dia com 19 anos completos, ser a única solteira da família, junto com minha prima de 10 anos, começou a ser desastroso e estranho; eu não ligava, mas as pessoas questionam e isso leva-me a pensar no quanto eu não importo-me em estar sozinha, deixando a vida passar pela janela. Meu primeiro beijo foi com quase 16 anos, e depois pro segundo foram mais 10 meses, então pra mim é comum ficar muito tempo sem alguém.. os últimos tiveram diferença de dois anos. Imaginem, dois anos solteiríssima, sem nem se preocupar? Mas é este momento que a carência bate na porta, “but no problems”, não estou desesperada e nem encalhada, por isso continuo na janela à espera do meu príncipe encantado chegar de cavalo branco à minha porta. O que seria impossível devido ao fato de eu morar em prédio, e no segundo andar ainda. Mas até que o príncipe não precisa ser tão encantado assim.
Sou sincera e fiel acima de tudo, mas muito flexível também. Não sei ser falsa e nem mentir, prefiro deixar as fantasias na arte, fora da vida real, mas flexível porque as vezes é preciso calar a usar a sinceridade no que não fui chamada ou que não seja imprecindivel.
Inocente, até demais, não vejo malicia em nada, isso explica a facilidade em ser enganada, mas não é jogado fora, tudo é aprendizado. Tímida no começo, mas depois que pego amizade e intimidade, falo mais que a boca. Na faculdade nova, tem um cara que me chamou de “quetona” no orkut, fiquei pensando e parei para analisar, e eu não abro a boca na sala de aula, e acho-me no direito de reclamar que quase não fiz amigos aqui ainda.
Quero ser "livre pra poder buscar o meu lugar ao sol", quero curtir cada momento nesta cidade nova. Eu escolhi estar aqui, largar a comodidade de uma cidade que eu já morava há quase cinco anos, deixar amigos queridos, deixar meus pais(minha mãe voltou), não está sendo fácil, admito, mas estou lutando por mim, pelo meu futuro, pelo futuro da minha familia, meu irmão e meus avós precisam de mim aqui. Quero fazer amigos, curtir a vida com responsabilidade, e simplesmente viver.
Quero ir, quero ficar, quero ser e estar. Sou madura e inocente, tímida e extrovertida, responsável e inconsequente, chata e legal, certa e errada, a favor contra, enfim, esta sou eu, um eterno paradoxo.

sábado, 6 de outubro de 2007

Medo, insegurança e carencia


Quantas vezes deixamos de conseguir o que queremos pelo simples medo de arriscar? Agir espanta o medo, então mãos a obra, nós nunca estaremos 100% prontos.
Medo: é sentimento de viva inquietação ante a noção do perigo real e imaginário; receio. Mas me pego pensando, o que será perigo real e imaginário e como distinguir um do outro. O perigo real causa danos reais, tipo, não andamos a noite no escuro, pois podemos ser abordados, porque realmente pode acontecer algo ruim. Mas o pior em nossas vidas é o medo do imaginário, que nos paralisa, não nos deixa agirmos, arriscarmos, e nem fazermos algo necessário apenas pelo medo de sofrer, de dar errado, e nisso perdemos muitas coisas. E muitas pessoas criam uma fantasia negativa, com medo do imaginário e pensam que isso é realmente muito aterrorizador. Muitos de nós deixamos de ser felizes somente por medo de dar errado, aí é que me pego pensando, mas e se der tudo certo? Só precisamos tentar...Se der certo, ótimo. Se não der, não é o fim do mundo, é só levantar e partimos para outra tentativa, o que importa é não desistir de ser feliz.
Arriscar é imprescindível para chegarmos a nossa felicidade, precisamos parar de só falar em “arriscar” e colocarmos mais em prática essa palavrinha simples, que carrega com ela tanto medo. Outra coisa que devemos prestar atenção, é que muitas vezes não acreditamos no que o outro está declarando, temos que ver que o que ele declara é real e não imaginário. Quase sempre julgamos errado o sentimento dos outros, simplesmente porque somos inseguros, na verdade não existe motivo aparente para desconfiarmos. Sendo fantasia ou não, esse medo faz com que nós queiramos nos esconder, fugindo de tudo que nos traga felicidade, apenas por insegurança, ou será o medo do imaginário?
Não sabemos o que vai acontecer amanhã, ainda não inventaram uma maquina do tempo para sabermos o que vai acontecer, para podermos agir certo. Então temos que pegar a nossa insegurança e jogarmos no lixo, pois no amor tudo o que precisamos é arriscar, e desse risco depende a nossa total felicidade, temos que confiar em nós mesmos e correr atrás da nossa felicidade com todas as forças, porque ninguém está preocupado se vamos ou não estar felizes, e se nós não nos preocuparmos e corrermos atrás, o que será de nós?
Grandes vitórias em todos os tipos de competições, principalmente a vida exigem grandes batalhas, e muitas vezes acabamos guerreando contra nós mesmos, carência, por exemplo, é típico em nós, muitas vezes nós a criamos e acreditamos plenamente que a culpa dela está nos outros, quando na verdade nós mesmo a criamos, com medo do imaginário. A vida é um degrau após o outro, eu sei que às vezes parece que nada dá certo, ou que ainda a vida só tem degraus a subir...Mas é simples, só precisamos acreditar em nós mesmos.
Mas é isso, vamos pensar no futuro, quando já tivermos vencido todos os problemas agora presentes, quando já estivermos ao lado daquela pessoa que tanto queremos, pense, no quanto seremos maiores e melhores. É apenas uma questão de tentar, esquecendo o medo, a insegurança e tudo que nos impede de sermos felizes.


PS: Texto escrito na época que eu era colunista social do site http://www.akitemagito.com/. Estou republicando ele. ;D

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Carta à você

Na verdade, eu nunca te levei a sério, por causa da distancia ou de meus complexos. Amei sim, sempre, a respeito disso sempre fui muito sincera. Mas esqueci que estava lidando com uma pessoa totalmente diferente de mim. Que também me amava, mas ao contrario de mim, teve momentos em que levou a situação a serio. Apesar de amar, sempre te vi como um amor de verão, ou de qualquer outra estação que seja, amor de férias que por mais que eu quisesse que fosse um doce infinito, acabaria depois de uma semana. Por mais que planejei meu futuro ao seu lado por mil vezes, fiz tudo errado e perdi você. Por medo de magoar-me, te magoei e tenho consciência disso.
Será que tudo não passou de um sonho? Que sonho bom, mas nós já acordamo-nos dele. O fato é que faz quatro anos e meio que te conheci e me apaixonei, quase dois que ficamos juntos e eu estou aqui, sozinha, por mais que amores vem e vão, e eles nunca chegarão aos teus pés. Se ainda te amo? Não, não amo mais. É complexo falar de amor a essa altura do campeonato.
Tento não pensar em tudo isso, mas tem momentos que uma energia leva-me pra perto de ti. Meu futuro já está decidido, o seu também, então estamos fazendo certo, cada um vivendo a sua vida, mas agora com uma história pra contar. Foi bonito e importante, mas ficou para trás.
Um brinde! É, um a você, por passar pela minha vida e fazer parte dessa história, outro a mim, por crescer e tornar-me a mulher que sou hoje, um pra nós dois, que juntos, por alguns instantes fomos invencíveis e um outro brinde ao futuro! E ainda, mais um brinde para a vida que juntou-nos e separou-nos sem mais nem porque!
E agora chega, cansei de tudo, pára o mundo que eu quero descer.

Yara 10/07/07 11 a.m Via papel e caneta.

PS: Relendo o texto achei alguns erros gritantes, acabei de corrigir. Isso que dá editar um texto sem lê-lo novamente. Desculpem-me.

sábado, 15 de setembro de 2007

Tempo


Tempo é algo extremamente precioso, mas que nós facilmente o perdemos, como folha no vento. Nós temos todo o tempo que precisamos, mas a questão é que não sabemos controlá-lo, eu particularmente sofro muito com isso, na maioria das vezes é o tempo que me controla. Conheço algumas pessoas que o tempo rende na mão delas, fazem mil e uma coisas por dia, trabalham, estudam, cuidam de outras coisas nas mesmas vinte e quatro horas que alguns de nós não conseguimos fazer praticamente nada.
O tempo é mais valioso que dinheiro, pois o tempo é insubstituível, o tempo que passou não volta mais. Isso é um pouco triste, mas é a realidade, o dia de ontem não volta, por isso devemos tentar fazer o maior número de coisas num menor espaço de tempo. Isso vale tanto para as coisas do dia-a-dia como trabalho, quanto para o amor, para o perdão, não devemos deixar nada para o dia seguinte, às vezes pode ser tarde. Perdemos muito tempo em protelar os deveres, protelar as obrigações, ficamos vagando por ai ao invés de aproveitar nossas horas de forma útil.
Quanto tempo perdemos em frente a televisão, ou em frente ao computador, fazendo coisas que não vão nos edificar em nada? E quanto tempo passamos com nossa família, nossos amigos, procurando saber como vai a vida de cada um que vive conosco? Quando paramos pra pensar nisso, vemos que o tempo passa e nós não nos importamos com as pessoas que estão a nossa volta, a não ser conosco, puro egoísmo, queremos todas as horas, todos os minutos e todos os segundos para nós, e não queremos dividi-lo com ninguém. Isso vai nos tornando pessoas frias e distantes.
O tempo não passa, ele corre, e as vezes ficamos parados aguardando algo que as vezes não virá. O tempo de ser feliz é agora, o tempo jamais pode ser perdido esperando por algo. Temos que aprender a organizá-lo de forma que vamos dar conta de nossas obrigações e ainda sobre algum tempinho para nos divertimos com as pessoas que amamos. Cada dia é um novo começo, uma outra chance de aprendermos mais sobre nós mesmos e nosso tempo, de se importar mais com os outros, de rir mais do que riamos, de realizar mais do que pensávamos, cada dia é uma nova chance de dominarmos as nossas 24 horas e fazermos delas agradáveis e rendáveis.
Muitas vezes temos nosso tempo roubado por coisas fúteis, ou por preguiça, temos que agir mais do que planejar, porque nossos dias são como malas de viagem, do mesmo tamanho para todos, mas a diferença é que algumas pessoas conseguem colocar mais coisas dentro do que outras, esse é o detalhe.Tudo nessa vida corrida e agitada nossa depende de tempo,todo dia eu reclamo que me falta tempo pra fazer tudo que quero, algumas vou deixando e outras vou esquecendo, e quando lembro falta mais do que tempo porque foram perdidas no espaço tempo de uma vida um tanto complicada. São coisas pequenas, coisas grandes, coisas que eu quero, mais que passam. Já dizia o grande poeta Cazuza que o tempo não pára e assim vamos vivendo, tentando vez ou outra recuperar o tempo perdido, revendo alguns conceitos e sentimentos, atos e ações. E buscando dar tempo ao tempo, para recuperar o que perdemos, reconquistar o que já tivemos, ou ter simplesmente um tempo pra nós.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Uma nova mulher




A noite estava desaparecendo, era a ultima hora antes do nascer do sol, ela estava sentada na areia da praia olhando a paisagem do mar acordando. Ela havia passado a noite naquele mesmo lugar, primeiro admirava as estrelas e a lua, e agora contemplava a noite saindo de cena para deixar o sol brilhar.Seria tudo perfeito se não tivesse um vazio tomando conta de seu coração, e seria mais perfeito ainda se o causador daquele vazio estivesse ali junto a ela, para que pudessem dividir e vivenciar juntos a magia daquele momento.
Mas como isso é impossível, ela continuava a chorar e a pensar na vida, preenchendo o vazio daquele coração com o amor de Deus, quer era a única coisa que ela podia contar naquela hora, mas isso já era tudo o que ela precisava para criar forças.
Parou de chorar, levantou-se, e começou a caminhar a beira mar em direção a sua casa. Conforme o sol nascia, nascia ali também uma nova mulher, muito mais brilhante, segura e confiante de que daquele dia em diante seria primeiro feliz sozinha para depois ser feliz com alguém.
Chegou em casa, tomou um banho e adormeceu. Sonhou com os anjos e acordou com milhares de planos para essa nova mulher na cabeça. Afinal, a vida é bela e não dá pra perder tempo.
PS: Este é um dos meus primeiros textos, estou muito corrida, sem tempo, entao resolvi postar este texto que eu escrevi fim de 2004, e que eu gosto muito.

sábado, 28 de julho de 2007

Alta Intimidade - Samantha Abreu


Passeando pelas comunidades de blogueiros achei um link perfeitamente interessante, o blog de Samantha Abreu, de Londrina/PR, http://samanthaabreu.blogspot.com/.
Li o blog dela de fio a pavio, e a cada post apaixonava-me mais. Vou publicar aqui um poema dela colocando os devidos creditos! ;o)

"A chuva veio tão de repente que me pegou de havaianas nos pés.
Praguejei, chiliquei.
Quando saí na chuva tão refrescante, me senti aliviada e me deu uma vontade enorme de sair chutando as poças. Corri feito criança. Água pra todo quanto foi lado.
Cheguei ensopada e de alma lavada!"

Samantha Abreu

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Seriado Estrangeiro X Nacional


Eu ia começar este blog, publicando um trabalho que eu fiz neste semestre na faculdade em Teoria da Linguagem Literaria, numa análise do conto "Amor" da Clarice Lispector, autora a qual eu apaixonei-me ao estudá-la. Porém com a mudança de cidade, os arquivos ficaram no computador que está preso com o resto da mudança. Então vou escrever sobre os seriados dos canais fechados.
Eu estava assistindo o seriado The O.C. na Warner hoje a tarde e reparei na diferença que tem os seriados americanos que prendem a minha atenção, ao contrário das telenovelas e seriados brasileiros. Hoje eu percebi a carga emocional que os seriados estrangeiros possuem, todas as cenas, todos os personagens possuem essa carga, prendendo-nos em frente ao televisor. Por isso tem tantas temporadas de um mesmo seriado, porque é bom de verdade. Já os seriados brasileiros tentam fazer um humor que nao tem graça e as telenovelas deixam tudo para o ultimo capitulo, o que faz com que a atração só tenha graça no ultimo dia. Achei muito interessante, todas as cenas com caráter decisivo, e a carga emocional fora de série. É isso que diferencia. Perfeito. Sem querer ir contra a patria, porque eu sou brasileira e amo meu país, mas nesse quesito, eu prefiro os states. Essa é uma opnião unica e exclusivamente minha.
No caso desta imagem que eu coloquei para ilustrar este post, é do seriado Gilmore Girls (já passou no SBT, como Tal Mae Tal Filha), é a historia de mae e filha que sao tambem melhores amigas, e elas tem conflitos com a familia, com amigos, com namorados, tudo muito bom.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Mudança de cidade




Devido a mudança de cidade eu nao tive tempo de postar os trabalhos realizados durante o primeiro semestre deste ano, e o meu computador nao chegou ainda pra eu pegar os arquivos. Beijos.


Estou em Santos-SP.. praia, sol, coisa boa, da até gosto de criar.


terça-feira, 19 de junho de 2007

Começo



Um brinde!!! Vamos ver se vai durar...
Bom, eu sou Yara, academia do 3ºsemestre de Letras por ai, apaixonada pelo curso. (Tá, eu sei que a maioria acha loucura, mas eu gosto, fazer o que..rs), principalmente literatura, teoria da literatura(semiotica, teoria da narrativa) e análise do discurso. Decidi criar este blog, por detectar na internet que essa area de blog é pouco explorada. As vezes faço pesquisa e nao encontro muita coisa sobre alguns autores ou analises de texto. E como eu tenho varios trabalhos feitos com contos, e obras completas, resolvi dividir com voces, irei publicar aqui os trabalhos desenvolvidos na faculdade, e comentarios sobre obras, e disciplinas que eu achar interessante, juntamente com algumas composicoes proprias. Espero que gostem. Beijos, e até mais.