domingo, 18 de novembro de 2007

Florbela Espanca



''Escreve-me!


Ainda que seja só uma palavra,


Uma palavra apenas,


Suave como o teu nome e casta


Como um perfume casto d'açucenas!


Escreve-me!


Há tanto, há tanto tempo


Que te não vejo, amor!


Meu coração morreu, já!


E no mundo aos pobres mortos


Ninguém nega uma frase d'oração!


''Amo-te!''Cinco letras pequeninas,


Folhas leves e tenras de boninas,


Um poema d'amor e felicidade!


Não queres mandar-me esta palavra apenas?


Olha, manda então... brandas... serenas...


Cinco pétalas roxas de saudade...''


Florbela Espanca


terça-feira, 13 de novembro de 2007

Poema - desconhecido

"Talvez estejamos pensando nas mesmas coisas agora
ou apenas estamos fazendo coisas simples mas que
nos dão induvidável prazer
Se isso acontece é porque estamos felizes,
contentes e sorridentes e isso é viver intensamente
Viver querendo aproveitar cada segundo e
esvaziar a mente ao dar-se conta de si
descobrir que sua imaginação é
povoada por alguém que surgiu
especialmente e que de tamanha sutileza
fez-se em tão pouco tempo adorável e
inesquecível nessa vida..."
Eu não sei o autor deste poema, o que sei é que ele está copiado a mão num caderno antigo. Copiei porque foi uma pessoa especial que me enviou por e-mail, quando ainda se enviavam e-mails, e nao apenas spams. Era um cara que eu conhecia da net, na época eu tinha 15 anos e morava no Mato Grosso, ele devia ter uns 22 e morava em Campinas, as conversas eram por icq, telefone, sms...Mas como ele era "muito" mais velho, e minha mãe me transbordou a paciência, cortei relações com ele. Conheci-o através de uma amiga virtual, a Carol, éramos amigas de verdade, sintonia que só vendo. Depois com a ascensao do msn acabou-se o icq e acabou-se essas amizades, nós seguimos nossos rumos. Mas hoje, ao avistar no orkut uma comunidade sobre icq lembrei de cara dessas duas pessoas que passaram pela minha vida, deixaram marcas, mas foram embora. Nao lembro de seus rostos, pois tinha visto apenas uma foto de cada um, ela era linda, morena, e na foto estava de vestido azul. Ele também era lindo, mas nao lembro nada sobre a fisionomia dele. O que sei é que ele se chamava Rodrigo, e na época fazia engenharia na Puc-Campinas, e ela era de Itu, mas se nao me engano estava fazendo faculdade em Campinas também, mas nao sei e-mail, nem sobrenome, como encontrá-los? Boa pergunta, passei horas no orkut e no google testando as mais variadas combinações e nada, tive a idéia de entrar no icq e pegar o endereco de e-mail, sei lá, mas eu fiz o favor de decorar o numero 124216662, mas nao lembro a senha! Também testei as mais variadas combinações possiveis com meu nome, e nome da familia toda, data de aniversario, tudo, e a senha nao bate, incrivel.
Esse meu "casinho virtual" com o Rodrigo foi lindo, no icq o meu nome aparecia trocado Regina Yara, ao inves de Yara Regina, e ele me chamava de "Rê" o tempo todo, até eu conseguir explicar que Regina era meu segundo nome, o apelido já tinha pegado. Na minha imaginação eu fazia altos planos de ir morar em Campinas, ou quem sabe apenas passear, mas ver ele, ver a Carol. E eu nao lembro quando parei de me comunicar com ele, e nem com ela. Saudades mil. Mas como encontra-los? Nao sei, quem sabe a vida coloca-nos um no caminho do outro novamente. A Carol era minha "maninha", devido a tamanha afinidade. Me sinto presa e inutil. Quanto ao poema, desde a primeira vez que copiei ele a mao no caderno eu sabia que um dia eu leria e lembraria dele, pois realmente ele tornou-se inesquecivel, e é verdade, anos mais tarde estou aqui, lendo, e pensando que talvez nesse mesmo momento ele esteja lembrando de mim, como no poema.
Queria poder dizer essas coisas a ele. Sei que foi um encontro de alma. Mas um dia nos cruzaremos com certeza. Nao sei mais nada sobre eles, nem sobrenome, nem idade, nem nada, mas são pessoas que com certeza, ficarão para sempre.

sábado, 10 de novembro de 2007

Mulheres Modernas

Estive lendo o livro Triste Fim de Plocarpo Quaresma, de Lima Barreto há um tempo e, bem no início, o autor enfatiza como as crianças eram educadas no começo do século XX. As garotas, desde pequenas, eram educadas para o casamento. Tudo o que faziam ou aprendiam era para ser utilizado no casamento, como cuidar da casa, cozinhar, tricotar, bordar etc. "[...] A instrução, as satisfações íntimas, a alegria, tudo isto era inútil, a vida se resumia numa coisa: casar.[...]".
Este trecho do livro chamou-me a atenção para o quanto a mentalidade e a educação das crianças mudaram ao longo do século. Atualmente, as mulheres não sao projetadas para o casamento, elas têm liberdade e igualdade sexual, objetivos pessoais, demonstram seus sentimentos e não passam mais a vida à espera deste compromisso como antigamente, mas preocupadas com o futuro profissional, por exemplo, com o sucesso e o reconhecimento que almejam ter, e com a independência sexual.
É normal se perguntar a uma garota de ou 17 anos a opinião sobre casamento e ouvir um sonoro "Deus me livre". Porém há outro grupo que até pensam em casar-se, mas somente depois de ter se graduado na universidade, que é para nao depender de marido.
Há ainda o grupo das que não pensam em casamento, mas querem ter filhos, já ouviram falar em "produção independente"? Meu Deus, aonde este mundo irá parar... Imaginem a confusão na cabeça dessa criança, não tendo um modelo de família com pai e mãe para crescer e apoiar-se. É a ascensão da mulher moderna. Esta geração de mulher auto-confiante que tem conseguido superar os obstáculos e ganhar espaço na sociedade machista. Obtendo a igualdade tão sonhada e já não dão mais a mesma atenção que nossas avós davam aos homens, despertando certa indignação deles.
É por conta dessa independência total, elas já não estão se envolvendo tanto em relacionamentos sérios, querendo mais é "curtir a vida", quando não percebem que estão desvalorizando-se ao "caçar", tomando atitudes que em outras épocas os homens tomariam. Isso é péssimo, a imagem da mulher do século XXI deveria ser outra.
Trocando em miúdoos, a mulher moderna é aquela que sabe bem o que quer, é segura por natureza, embora algumas vezes, tenha crises de carência. É aquela que faz charme, que trabalha, estuda e ainda tem pique pra balada do fim de semana. Que aceita as diferenças de raça, sexo, orientação sexual, partido político, religião, cor preferida etc. É não acreditar em príncipe encantado, nem em "eu te amo´s", mas, sim, que alguém possa se identificar e ter uma relação com ela. É ser livre de preconceitos, de idéias ultrapassadas. É lutar pelo que quer, acreditando com garra, seja pelas crianças abandonadas, seja para fazer tratamentos de beleza dolorosos e malucos.
Definitivamente, não sou tão moderna assim.

PS: Artigo feito quando eu era colunista do site, nao lembro se era o Zapeando ou o Akitemagito, mas na prova que eu tive semana passada na facul eu adaptei para crônica.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Abraços e desabafos


Sabe quanto você olha pra sua vida, e parece que ela é um filme? Sim, e você é apenas mais um figurante sem graça e sem importância? Eu sei, é assim que vejo minha existência, sem graça, como seu a vida passasse por mim, e não eu por ela. O que eu fiz da minha adolescência? Nada, nunca fui uma garota normal. Nunca tive muitos amigos e nem namorado. Sempre fui somente a melhor amiga, e está ótimo pra quem nao consegue se relacionar afetivamente com alguem (do sexo oposto lógico) por mais de duas semanas. Porém os homens sempre foram meus melhores amigos.
Tenho medo do futuro, medo de mim mesma e da minha insegurança, medo de continuar perdida como estou. Vontade de chorar e gritar como uma criança: "Eu quero a minha mãnhêêêêê..". Queria voltar a ter 10 anose nao me preocupar com contas, com faculdade, com emprego, com resolver problemas de familia, ah vai se ferrar nao tenho nem 20 anos e daqui a pouco já estarei com cabelos brancos de preocupação. Me preocupo demais, passo mais tempo me preocupando e descabelando do que agindo. Medo. Medo. Medo. Porque consigo escrever se nao consigo falar e nem agir, e mto menos viver?
Cansei de televisao, cansei de internet, cansei de me sentir inutil e incompetente, eu só queria pode pegar o controle remoto da minha vida e mudar de canal, de estação...mudar radicalmente tudo. Já mudei a cidade, mas foi mais uma das minhas "cagadas". Mas uma hora as coisas se ajeitam, ahh se ajeitam.
Queria tanto poder viver o "don´t worry, be happy.", and really be happy!
Trecho do menestrel de Shakspeare, que eu sou fã...
"Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."


PS: E vai se ferrar você que só quer julgar sem saber da verdade, to cheia do falso moralismo, to cheia de abaixar a cabeça pra alguem q eu nao admiro nada as atitudes, e ainda se acha no direito de julgar. Foda-se MODE ON. (Visitantes amados deste blog, isto não é para voces, sorry.) É, como o texto todo, um desabafo, mas sem abraço. ;o**