terça-feira, 13 de novembro de 2007

Poema - desconhecido

"Talvez estejamos pensando nas mesmas coisas agora
ou apenas estamos fazendo coisas simples mas que
nos dão induvidável prazer
Se isso acontece é porque estamos felizes,
contentes e sorridentes e isso é viver intensamente
Viver querendo aproveitar cada segundo e
esvaziar a mente ao dar-se conta de si
descobrir que sua imaginação é
povoada por alguém que surgiu
especialmente e que de tamanha sutileza
fez-se em tão pouco tempo adorável e
inesquecível nessa vida..."
Eu não sei o autor deste poema, o que sei é que ele está copiado a mão num caderno antigo. Copiei porque foi uma pessoa especial que me enviou por e-mail, quando ainda se enviavam e-mails, e nao apenas spams. Era um cara que eu conhecia da net, na época eu tinha 15 anos e morava no Mato Grosso, ele devia ter uns 22 e morava em Campinas, as conversas eram por icq, telefone, sms...Mas como ele era "muito" mais velho, e minha mãe me transbordou a paciência, cortei relações com ele. Conheci-o através de uma amiga virtual, a Carol, éramos amigas de verdade, sintonia que só vendo. Depois com a ascensao do msn acabou-se o icq e acabou-se essas amizades, nós seguimos nossos rumos. Mas hoje, ao avistar no orkut uma comunidade sobre icq lembrei de cara dessas duas pessoas que passaram pela minha vida, deixaram marcas, mas foram embora. Nao lembro de seus rostos, pois tinha visto apenas uma foto de cada um, ela era linda, morena, e na foto estava de vestido azul. Ele também era lindo, mas nao lembro nada sobre a fisionomia dele. O que sei é que ele se chamava Rodrigo, e na época fazia engenharia na Puc-Campinas, e ela era de Itu, mas se nao me engano estava fazendo faculdade em Campinas também, mas nao sei e-mail, nem sobrenome, como encontrá-los? Boa pergunta, passei horas no orkut e no google testando as mais variadas combinações e nada, tive a idéia de entrar no icq e pegar o endereco de e-mail, sei lá, mas eu fiz o favor de decorar o numero 124216662, mas nao lembro a senha! Também testei as mais variadas combinações possiveis com meu nome, e nome da familia toda, data de aniversario, tudo, e a senha nao bate, incrivel.
Esse meu "casinho virtual" com o Rodrigo foi lindo, no icq o meu nome aparecia trocado Regina Yara, ao inves de Yara Regina, e ele me chamava de "Rê" o tempo todo, até eu conseguir explicar que Regina era meu segundo nome, o apelido já tinha pegado. Na minha imaginação eu fazia altos planos de ir morar em Campinas, ou quem sabe apenas passear, mas ver ele, ver a Carol. E eu nao lembro quando parei de me comunicar com ele, e nem com ela. Saudades mil. Mas como encontra-los? Nao sei, quem sabe a vida coloca-nos um no caminho do outro novamente. A Carol era minha "maninha", devido a tamanha afinidade. Me sinto presa e inutil. Quanto ao poema, desde a primeira vez que copiei ele a mao no caderno eu sabia que um dia eu leria e lembraria dele, pois realmente ele tornou-se inesquecivel, e é verdade, anos mais tarde estou aqui, lendo, e pensando que talvez nesse mesmo momento ele esteja lembrando de mim, como no poema.
Queria poder dizer essas coisas a ele. Sei que foi um encontro de alma. Mas um dia nos cruzaremos com certeza. Nao sei mais nada sobre eles, nem sobrenome, nem idade, nem nada, mas são pessoas que com certeza, ficarão para sempre.

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