terça-feira, 9 de outubro de 2007

Sobre a Yara

Adulta e madura, pensando pelo lado de ter responsabilidade, tomar decisões sérias e ser uma parte do esteio da família. Sou sempre a mais “certinha” da turma, e melhor amiga e conselheira. Desde pequena pensei no futuro e nas conseqüências de minhas escolhas, tanto é que com 17 anos e recém-formada no ensino médio, passei em terceiro lugar no vestibular de Letras na estadual do Mato Grosso. Que orgulho! Mas porque Letras, se meu verdadeiro sonho é Jornalismo? Vou explicar: pelo fato de eu ser realista e confiante no futuro. Como na cidade que eu morava jornalismo só tinha particular e não era reconhecido pelo MEC ainda e eu havia passado na estadual, não poderia perder a chance, afinal de contas estaria formada com 21/22 anos, quer coisa melhor? E foi como acertar na loteria, sem teste vocacional, acertei o curso dos meus sonhos. Sim, apaixonei-me mais do que já era, pelo mundo da literatura e da educação. Ainda não desisti de jornalismo, mas descobri que as duas carreiras são tão próximas que possuem varias linhas teóricas que as unem, só preciso descobrir quais são. Hoje em dia não tem como falar de mim se não citar essas duas paixões: linguagem e informação (escrever, ler, estudar, produzir, ensinar), que fazem parte do meu “eu”. Essas duas paixões já decidiram o meu destino: terminar a faculdade, fazer mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada, fazer mestrado ou faculdade de jornalismo e unir as duas carreiras, não abro mão do jornalismo e nem da literatura e lecionar.
Precoce em algumas coisas, como no caso da faculdade, e nem tão precoce e madura como no campo dos relacionamentos. Sou um desastre no amor. Não sei paquerar, nem conquistar e nem namorar. Como é estar no papel da namorada? Não sei absolutamente nada da “etiqueta” do amor. Isso nunca me incomodou porque as coisas tem que acontecer naturalmente, mas hoje em dia com 19 anos completos, ser a única solteira da família, junto com minha prima de 10 anos, começou a ser desastroso e estranho; eu não ligava, mas as pessoas questionam e isso leva-me a pensar no quanto eu não importo-me em estar sozinha, deixando a vida passar pela janela. Meu primeiro beijo foi com quase 16 anos, e depois pro segundo foram mais 10 meses, então pra mim é comum ficar muito tempo sem alguém.. os últimos tiveram diferença de dois anos. Imaginem, dois anos solteiríssima, sem nem se preocupar? Mas é este momento que a carência bate na porta, “but no problems”, não estou desesperada e nem encalhada, por isso continuo na janela à espera do meu príncipe encantado chegar de cavalo branco à minha porta. O que seria impossível devido ao fato de eu morar em prédio, e no segundo andar ainda. Mas até que o príncipe não precisa ser tão encantado assim.
Sou sincera e fiel acima de tudo, mas muito flexível também. Não sei ser falsa e nem mentir, prefiro deixar as fantasias na arte, fora da vida real, mas flexível porque as vezes é preciso calar a usar a sinceridade no que não fui chamada ou que não seja imprecindivel.
Inocente, até demais, não vejo malicia em nada, isso explica a facilidade em ser enganada, mas não é jogado fora, tudo é aprendizado. Tímida no começo, mas depois que pego amizade e intimidade, falo mais que a boca. Na faculdade nova, tem um cara que me chamou de “quetona” no orkut, fiquei pensando e parei para analisar, e eu não abro a boca na sala de aula, e acho-me no direito de reclamar que quase não fiz amigos aqui ainda.
Quero ser "livre pra poder buscar o meu lugar ao sol", quero curtir cada momento nesta cidade nova. Eu escolhi estar aqui, largar a comodidade de uma cidade que eu já morava há quase cinco anos, deixar amigos queridos, deixar meus pais(minha mãe voltou), não está sendo fácil, admito, mas estou lutando por mim, pelo meu futuro, pelo futuro da minha familia, meu irmão e meus avós precisam de mim aqui. Quero fazer amigos, curtir a vida com responsabilidade, e simplesmente viver.
Quero ir, quero ficar, quero ser e estar. Sou madura e inocente, tímida e extrovertida, responsável e inconsequente, chata e legal, certa e errada, a favor contra, enfim, esta sou eu, um eterno paradoxo.

2 comentários:

Bianca Feijó disse...

A vida sempre nos envia o que for em seu tempo certo,basta a nós deixar acontecer naturalmente...sem nos preocuparmos com concepções alheias,afinal de papiltes já nos bastamos e enquanto as coisas certas não acontecem,vamos nos divertindo e vivendo as erradas então..rsrsrs.
Beijinhos!

Anônimo disse...

Gostei da "apresentação"!
rssss