domingo, 2 de dezembro de 2007



Tá, eu sei que eu já postei hoje, mas fiquei com peso na consciência, porque fazia tempo que eu nao postava, e isso aqui é um blog de minha autoria, e eu fico postando Paula Toller e Flobela Espanca. Sou fã das duas. Na verdade nem sei se foi a Paula Toller que compôs essa música. Falando bem a verdade não é peso na consciência nada, não tenho culpa que elas já produziram algo escrito do que eu estou sentindo no momento, em relação a música, Florbela é muito apaixonada pro meu gosto. O fato real é que escrever é a minha vida, escrevo quando estou feliz, quando estou triste escrevo melhor ainda, mas sabe quando tem mil palavras pulsando dentro do seu peito? Loucas pra sairem embaralhadas e se organizarem nos meus dedos? Pois então, mas aí você lembra que faz faculdade de Letras, e que lá eles te dão mil e uma técnicas de escrita, de conto, de crônica, e de argumentação. Pirei na argumentação, e regidi uma porcaria de um texto. Não sei ficar ligada a técnicas disso ou daquilo, preciso aprender a conciliar técnica e inspiração. Eu achava que escrever bem vinha de técnica, treino, leitura. Mas nunca pensei que eu fosse pirar o cabeção e travar na hora de usá-las. Portanto técnicas a parte, deixemos elas para as aulas da Anna Rita, e aqui vou esquecer que elas existem, afinal, acho que esse blog ainda me pertence e eu posso falar do que eu bem entender nele aqui. E se nao puder, falo do mesmo jeito.

Eu mudei há uns quatro meses de cidade, vou explicar: Sou do interior de São Paulo, nasci e morei até meus 14 anos e meio em Presidente Prudente. Então, meus pais com seus respectivos espiritos aventureiros resolveram mudar para o Mato Grosso, mas isso é capitulo pra outro post. Trocando em miúdos, estou morando em Santos, no litoral de São Paulo agora. Mas quando eu resolvi mudar, tinha esquecido que mudança tem risco, causa dor, sofrimento, choro e a famosa fase de adaptação. Tenho vontade de chorar e gritar "eu quero a minha manhêêêêê...". A cidade é linda, uma energia super do bem, praia a três quadras de casa, perto da capital, mas nas últimas semanas eu andei pensando em arrumar as malinhas e voltar para o Mato Grosso. Dó pagar o preço de se adaptar, de passar essa fase sem os amigos, sem ter um ombro pra te ouvir, um abraço quando precisar. Dói, é triste. Covarde que sou, primeira coisa é pensar em voltar. Mas sabe de uma coisa, dessa vez eu vou optar ser feliz, não importa se será aqui, ou lá. Alias acho que vou estabelecer residencia aqui e parar com essa vida de nômade. Nao importa o lugar, eu preciso estar bem comigo mesma. Eu preciso decidir ser feliz, e nao uma maniaca depressiva, que nao tem auto-estima e fica achando q tem sindrome do pânico, até sintomas fisicos eu já estava inventando.

Reclamar que não tenho amigos porque sou "muito fechada" é a maior bobagem que pude inventar nos ultimos tempos. Já que eu nao estou contente com a situação, sei o motivo, o que preciso fazer é olhar no espelho, me encarar de frente e mudar a situação. Como disse, dessa vez eu DECIDI ser feliz. Comecei a me achegar mais as pessoas, e como diz 'The secret', quando você quer muito alguma coisa o universo conspira a seu favor. Ao primeiro sinalzinho de uma brecha na minha janela, eu tímida, tentado abrir, pude conhecer pessoas legais e normais, que há tanto eu esperava conhecer. Na faculdade que eu achei ter muitos babacas, me surpreendi com pessoas queridas, com histórias de vida que me dão socos na cara, tapas seria pouco, e eu reclamando da vida, jamais farei isso novamente. Na internet que eu julgava só ter homens retardados querendo sexo, pude encontrar uma pessoa 'diferente', que se tornou um amigão, me chama até pra tomar cerveja, e eu que quase nao bebo, aceitei, e foi uma das noites mais divertidas dos ultimos tempos, conheci os amigos dele, e ele já conhecia a Cris, minha amiga-ex-cunhada que me acompanha por ai, e eu não acredito até agora que fiquei exatamente UMA hora argumentando o meu sentido e ponto de vista de 'diferente', foi demais, eu estava sentindo falta de pessoas pra conversar bobagens inteligentes. E outro mais querido ainda, que me 'ouve', me chama de docinho de leite e gente, daremos um troféu a ele, há uns dois meses que ele aguenta minhas crises depressivas, choros e tristezas, mas agora por mais que os problemas continuem, porque eles sempre estarão por perto pra nos atormentar, eu vou tentar manter o sorriso estampado no rosto, pensar rosa, e contar coisas boas. Até que nao foi ão dificil, agora com a janela aberta, posso abrir a porta, e devagar tudo está voltando a ter cor, e música, e letras. Não quero mais ter medo das pessoas, nem de mim, nem ficar presa em mim mesma. Porque agora eu sei da realidade que eu posso me libertar de tudo o que me faz mal e isso não é vergonha nenhuma. Vergonha, essa eu joguei fora, só tenho aquela que mantem a compostura, mas aquela que me fazia mau e que me impedia de viver, essa foi pro saco. Agora serei feliz pra sempre, e adoraria que as pessoas ao meu redor viessem comigo nessa aventura linda que é a vida.

Um comentário:

Samantha Abreu disse...
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