sábado, 8 de dezembro de 2007

A vida é bela


' A vida não é um esanio como no teatro. Só se vive uma vez. Você jamais terá outra oportunidade de viver este momento. Nem todos os seguintes. Então é melhor levar uma vida boa. Ver a vida cor-de-rosa. E para isso não é preciso ter experimentado todas as posições do kama Sutra, nem ter abusado de nenhuma substância. Pelo contrário. As idéias mais simples são as mais fortes. O dieal seria poder colar assas de anjo em nossas costas para voar bem alto. para longe de tudo o que não está bom. Para finalmente ficar nas nuvens. Nadar na felicidade. Durante a vida toda, a vida toda. Posso lhes emprestar minhas asas quando quiserem... mas cuidado com a queda! Porque as primeiras asas que conseguiram me fazer voar de verdade em direção a felicidade foram as que um dia brotaram na minha cabeça. Era sem dúvida tudo o que me restava para fazer: um motorista afobado tinha me quebrado todo. Eu fiquei preso à cama, incapaz de fazer qualquer movimento. Como uma borboleta presa na coleção de um entomologista. Sem me mexer. Com a mente invadida por borboletas negras. Muitos meses depois, nasceu a primeira borboleta cor-de-rosa. Depois outra. Depois mais outra. Logo eram centenas. E minha vida inteira mudou.
Cada um dos 512 itens deste livro começa com uma meia-asa dessas borboletas cor-de-rosa. Cabe a você reconstituir suas próprias borboletas. A seu modo. E deixar o feitiço agir. Deixá-las se colorirem de rosa e se multiplicarem em sua cabeça: dar asas a seu espírito, dar asas as suas borboletas. E será sua vez de sentir as asas brotarem. Não será mais preciso colá-las, você vai decolar por si só, sem esforço. Como num passe de mágicas.'
A vida é bela - Dominique Glocheux
Escrevi a introdução deste livreto, porque minha mente está povoada tanto por borboletas pretas, como cor-de-rosa, amarelas, vermelhas, verdes, azuis. E elas brigam entre si o tempo todo, tentando se organizar ou tentando me confundir mais ainda. As negras diminuem a cada dia. Temos que admitir, as coloridas são mais bonitas, e mais criativas, e são do bem, da alegria, do amor, da paz, da felicidade. Já as negras, não digo que elas são ruins, porque ao modo delas, elas me ensinam certas coisas, de um jeito diferente, rude, mas não creio que tenham intenções más. Elas existem desde que Pandora abriu a caixa, desde que Eva comeu a maçã, só penso que não sejam realmente os 'males do mundo'. As coisas ruins existem, nos fazem sofrer, mas aprendemos no sofirmento. Se estivesse sempre tudo perfeito, jamais cresceríamos, e não iria ter graça alguma se fossemos enternas crianças mimadas. Os sentimentos ruins ou as borboletas pretas trazem equilibrio, ninguém ama todo mundo, é impossível. Na modernidade dos dias de hoje, as borboletas pretas são representadas também como depressão, baixa auto-estima etc. Mas numa reflexão, percebo que é possível que essas coisas sejam substituídas pelas borboletas cor-de-arco-íris! Se Pandora não tivesse aberto a caixa, não teríamos a esperança, que hoje me move na espera de um futuro bom, de ser feliz. ' Ser feliz não é questão de sorte, é uma opção.'

Nenhum comentário: